Após sobreviver a um grave acidente de trânsito, Aya, uma jovem tunisiana, decide assumir uma nova identidade e recomeçar sua vida em outra cidade. No entanto, ao testemunhar um crime cometido pela polícia, ela se vê ameaçada de perder tudo o que conquistou. Esse é o enredo de A Mulher Que Nunca Existiu (Aïcha), novo filme do diretor Mehdi M. Barsaoui, que está em cartaz nos cinemas brasileiros desde a última quinta-feira, 22 de maio, com distribuição da Imovision.
O longa teve sua estreia mundial na seção Orizzonti do Festival de Veneza de 2024, onde recebeu o prêmio de Melhor Filme Mediterrâneo pela Academia de Belas Artes de Veneza. Desde então, integrou a programação de importantes festivais, como o BFI London Film Festival e o Festival do Rio.
Inspirado por um caso real ocorrido na Tunísia, o filme explora temas como identidade, reinvenção e a luta contra o sistema em uma sociedade marcada por tensões políticas e culturais. A protagonista, interpretada por Fatma Sfar, passa por uma transformação significativa ao longo da narrativa, refletida na evolução do figurino, maquiagem, penteado e na cinematografia, que utiliza diferentes iluminações para representar as cidades de Tozeur e Túnis.
O elenco conta ainda com Yasmine Dimassi, no papel de Lobna, e Nidhal Saadi, como Farès, um policial que tenta lutar contra o sistema. A direção de fotografia é assinada por Antoine Héberlé, que colaborou na criação de uma linguagem visual que acompanha a transformação da protagonista.
Apoio de fundação
O filme A Mulher Que Nunca Existiu (Aïcha) é uma coprodução internacional entre França, Itália, Tunísia, Qatar e Arábia Saudita. O projeto recebeu apoio do Red Sea Film Foundation, que concedeu um prêmio de desenvolvimento no Red Sea Souk em 2021, contribuindo para a realização do longa.
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