Você já deve ter visto muito filme de fim do mundo, de “Armageddon” até “Guerra Mundial Z”, mas eu duvido que você já tenha visto alguma coisa como Home Sweet Home: Ribirth, produção de 2025 e traduzida até o momento como “Lar doce inferno”. Ficou interessado em saber mais? Então, venha comigo e descubra esse apocalipse “alternativo” que combina terror, ficção científica, demônios, zumbis e videogame!
Jake (William Moseley), um policial americano, viaja com sua esposa Prang (Urassaya Sperbund) e a filha Loo para Bangkok, em uma tentativa de reconectar-se com a família da esposa. Mas ele nunca consegue: está sempre distraído, sempre no celular resolvendo alguma coisa que não pode deixar para amanhã, o que, com razão, deixa sua esposa e filha sentidas.
Durante um tiroteio em um shopping, Jake confronta Mek (Michele Morrone), um ocultista que o chama de “Guardião” que sai matando geral a troco de nada. Depois que Jake o interpela, ele detona uma grande explosão que mata ambos. Jake desperta em “The Hindrance”, um reino entre a vida e a morte, mas muito parecido com o nosso mundo. Tanto que ele leva algum tempo para perceber que morreu. Nesse “purgatório”, o policial encontra Chan (Alexander Lee), um monge noviço que revela que Jake é o “Guardião” destinado a impedir o apocalipse.
Enquanto Jake é convencido, o mundo real é atacado por pessoas que, do nada, e isso é um problema do filme, porque mal explicado, começam a possuir as pessoas. Sua esposa e filha correm um perigo intenso, enquanto Jake tenta encontrar uma forma de sair de “The Hindrance” e voltar para o seu antigo mundo, o terreno – o que ele faz possuindo o corpo morto de um policial tailandês morto pelos demônios (é o seu avatar).
Tudo acontece muito rápido no filme, e temos que aceitar que não teremos todas as repostas. Por que os demônios fazem isso? O que desejam? Como ocupam os corpos das pessoas no mundo real? Por que Jake é o guardião? O que acontece com as pessoas mortas enquanto possuídas? A única coisa que sabemos é que o pai Chan, também budista, encantado com poder, é quem iniciou a bagunça toda há alguns anos.
O filme é uma contradição: ele parece um filme feito para televisão, mas com orçamento de filme grande de cinema – os efeitos especiais são ótimos. É um filme “americano”, mas rodado em Bangkok, na Tailândia. A maioria dos atores é tailandês, mas os principais são ocidentais. Home Sweet Home: Rebirth é definitivamente um filme, mas parece, na verdade, ao fim, uma primeira temporada de série (ele aposta em si mesmo).
As atuações são quase todas ruins e os diálogos quase todos bobocas. O argumento da família que precisa ser salva pelo pai é surrado e irreal (no mundo real, são quase sempre as mães as heroínas). Contudo, mesmo com tanta coisa que parece depôr contra o filme, Home Sweet Home: Rebirth não é um filme de todo ruim. É um filme digno. Devemos, ao menos, dar o mérito aos produtores por tentarem fazer algo realmente original, fugindo do mote clássico de fim de dum com asteroide ou zumbi. Isso por si só prende o espectador na tumultuada trama.
Home Sweet Home: Rebirth explora temas como carma, reencarnação e o confronto com os próprios pecados, oferecendo uma experiência de terror e ficção científica que vão além dos sustos tradicionais. Embora tenha recebido críticas mistas, o filme é reconhecido por sua tentativa de fundir narrativas orientais e ocidentais, proporcionando uma abordagem única.
Outros dados de “Home Sweet Home: Ribirth”
Dirigido por Alexander Kiesl e Steffen Hacker, o filme é uma coprodução entre EUA e Tailândia, com filmagens realizadas na Tailândia. A narrativa incorpora elementos do budismo tailandês e da cultura de fantasmas, utilizando espaços labirínticos e símbolos religiosos para criar uma atmosfera de terror psicológico. A estrutura narrativa paralela acompanha Jake e Mek em uma linha, e Prang e Chan em outra, revelando gradualmente os segredos por trás da maldição.
Home Sweet Home: Rebirth (2025) é uma adaptação cinematográfica do jogo tailandês de terror Home Sweet Home, desenvolvido pela Yggdrazil Group e lançado em 2017. O jogo original combina elementos de horror psicológico com o folclore tailandês e práticas budistas, oferecendo uma experiência imersiva em uma perspectiva de primeira pessoa.
O filme tem 1h33min. No IMDB, sua nota é baixa: 4,6 de 10. E cerca de dois mil e 600 usuários o avaliaram. Em breve, num streaming perto de você.
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